segunda-feira, 25 de março de 2013

Novos Medicamentos Prometem Combater o Câncer de Mama Avançado


Duas novas medicações chegam ao mercado com a promessa de combater tumores agressivos e, até então, de difícil controle.


Neste momento, cientistas em diversas partes do planeta buscam melhores resultados para o tratamento do câncer de mama em estágio avançado. Com tantos esforços e investimentos, as pacientes acabam de ganhar dois novos aliados – o primeiro acaba de ser aprovado pela Anvisa e o pela Food and Drugs Administration – a Agência de Vigilância Sanitária dos EUA.
A medicação Everolimo passa a ser utilizada no Brasil em mulheres na pós-menopausa, com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo. “Esse tipo de tumor tem seu crescimento estimulado pelos hormônios femininos - estrógeno e progesterona, produzidos naturalmente pela mulher. Uma das principais estratégias de tratamento nesse cenário é o uso de medicamentos que bloqueiam os hormônios produzidos pelo corpo. Após algum tempo, esse bloqueio para de funcionar. O Everolimo recupera a capacidade de bloqueio hormonal no tumor, perdido com o tempo. Seu uso parece restaurar a sensibilidade da célula tumoral ao tratamento com bloqueio hormonal”, explica o oncologista João Nunes, do Centro de Câncer de Brasília (Cettro).
O segundo medicamento será utilizado em pacientes com outra forma de câncer de mama avançado, o tumor metastático HER-2 positivo. Essa doença concentra grande quantidade de uma proteína que funciona como uma espécie de antena do lado externo do tumor que, ao captar um sinal específico, dispara uma mensagem interna para que a célula tumoral cresça e se multiplique.
Segundo o Dr. João Nunes, pela primeira vez foi possível juntar em uma só molécula química, um quimioterápico e uma substância que bloqueia a proteína HER-2. “Trata-se de um avanço tremendo, não apenas como tratamento, mas principalmente como conceito”, explica. “Juntando um quimioterápico com uma droga que tem um alvo celular definido, e esse alvo está muito aumentado nas células tumorais quando comparadas com as células normais, é possível uma melhor eficiência do tratamento com diminuição importante dos efeitos colaterais”, esclarece o oncologista.

FFonte:segs

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