Nanotecnologia brasileira melhora medicamento contra tuberculose
A rifampicina é um dos agentes antituberculosos ativos mais conhecidos, mas a
sua baixa solubilidade faz com que o medicamento seja administrado em altas
concentrações e possa provocar efeitos colaterais sérios.
A solução pode estar na produção da rifampicina por meio das modernas
técnicas da nanotecnologia, segundo pesquisadores da Escola Politécnica da USP e
do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo).
Usando uma técnica chamada nanoprecipitação e um aparelho microfluídico, conseguiu reduzir o tamanho
das partículas do medicamento e melhorar sua taxa de dissolução.
Os resultados promissores acabam de ser publicados pelo periódico científico
Journal of Nanomedicine and Nanotechnology.
Foram produzidas partículas de maneira controlada com tamanhos entre 100
nanômetros e 1,2 micrômetro.
Essas nanopartículas apresentaram um perfil amorfo e uma maior taxa de
dissolução em comparação com a rifampicina comercial crua.
"Os resultados foram promissores e permitiram compreender melhor o processo
de automontagem da rifampicina em dispositivos microfluídicos", afirmou
Juliana.
O processo foi patenteado e agora as duas instituições planejam realizar
contatos com fabricantes de medicamentos interessados na tecnologia.
Quando for fabricada com nanotecnologia, a rifampicina, usada sobretudo
contra a tuberculose
poderá ser aplicada em doses menores, preservando os efeitos e evitando os
efeitos colaterais
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