No rol das Ciências Farmacêuticas, a Farmacotécnica destaca-se por reunir subsídios teóricos e práticos para aquele que, talvez, seja o maior objetivo do profissional farmacêutico: produzir medicamentos. E, quando se fala em medicamentos, fala-se de um produto que, por ser destinado à promoção da saúde, é atrelado a um rígido controle de qualidade.
Desde os mais remotos tempos, a qualidade é embasada nas relações da Farmacotécnica com as demais Ciências Farmacêuticas. O próprio Galeno, considerado o pai da Farmacotécnica, em seus escritos no início da Era Cristã, demonstrava uma enorme coerência científica, sendo que algumas de suas fórmulas são utilizadas ainda hoje.
Quando se pensa na técnica e todas as implicações relacionadas à escolha da forma física do medicamento, dependemos de pré-requisitos muito importantes, como a Química – em especial a Físico-Química e a Química Orgânica. O conhecimento da primeira leva à otimização da técnica de preparo, e orienta quanto ao perfil biofarmacêutico (velocidade de absorção) que se pretende atingir. Já a Química Orgânica, além de sua importância nestes aspectos técnicos, também subsidia nas questões críticas, como a estabilidade dos componentes envolvidos numa formulação e suas incompatibilidades.
Por outro lado, quando se pensa no propósito do medicamento, ou seja, a que se destina, um dos pré-requisitos mais importantes da Farmacotécnica é a Farmacologia, e consequentemente, Fisiologia, Bioquímica, Anatomia, entre outras ciências. O conhecimento da Farmacologia definirá a melhor via de administração do medicamento para o sucesso terapêutico, a melhor forma de apresentação e, portanto, a técnica envolvida no preparo.
Outras Ciências Farmacêuticas, como a Farmacognosia e a Química Farmacêutica, têm relação direta com a produção de medicamento, uma vez que são responsáveis pela obtenção e desenvolvimento dos princípios ativos. Deste modo, estão relacionadas num eixo horizontal e vertical com a Farmacotécnica.
De modo semelhante, as disciplinas de Controle de Qualidade têm também esta característica - exceto pelo fato de que no eixo vertical elas complementam a Farmacotécnica, enquanto a Farmacognosia e Química Farmacêutica poderiam até ser consideradas como pré-requisitos.
A Deontologia, por sua vez, vem complementar a questão do medicamento nos aspectos legais e éticos, assumindo uma relação paralela com a Farmacotécnica.
Farmacotécnica é, enfim, a ciência responsável pelo desenvolvimento e produção de medicamentos, levando-se em conta o efeito terapêutico e a estabilidade (prazo de validade) desejados, condições de acondicionamento, transporte e armazenamento, bem como a forma ideal de administração e dispensação. Seus principais pré-requisitos incluem outras Ciências Farmacêuticas, como Farmacologia, Farmacognosia e Química Farmacêutica, além de ciências básicas como Físico-Química, Química Geral e Orgânica, Fisiologia, Patologia, Parasitologia e Microbiologia. Existem dois tipos de preparação: oficinais(a formulação consta em farmacopéias) e magistrais(o farmacêutico segue uma fórmula prescrita pelo médico).
O paciente que recorre à manipulação deve se sentir valorizado, pois faz uso de um medicamento preparado exclusivamente para ele, ou seja, dispõe de um atendimento farmacêutico personalizado.Entre eles:
• Atende às necessidades individuais de cada paciente. Possibilita aos prescritores a associação de fármacos em dosagens requeridas para cada tratamento.
• Ajuste de dosagem de acordo com as características de cada paciente, como idade, altura e peso.
• Segurança porque segue as normas das Boas Práticas de Manipulação, determinadas pelo Ministério da Saúde.
• Qualidade das matérias-primas utilizadas e processos de manipulação rigorosamente controlados.
• Economia, pois sua utilização é feita na quantidade exata para o tratamento, evitando sobras, desperdícios e a automedicação.
• Dá aos usuários a vantagem de poderem contar com medicamentos na dose certa.
• Rótulo contendo a posologia correta, o que reduz os riscos da automedicação.
• Rótulo personalizado com o nome do paciente e prescritor, a fim de evitar trocas quando mais de um indivíduo da família estiver usando um mesmo medicamento.
• Medicamentos controlados, não sendo permitido o uso de uma mesma receita sem a autorização do prescritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não esqueça de incluir seu nome no final do comentário, ok?