"Inovação no mercado, Brasil é pioneiro"
(O produto, "Photoprot FPS 100", é indicado para todos os tipos de pele. Além de ser ideal para o uso diário e fotoproteção prolongada, oferece segurança para quem precisa de proteção para cicatrizes recentes e de acne, pós-procedimentos dermatológicos e cirúrgicos, bem como prevenção e terapia de melasma - manchas na pele).
O
baixo índice de produção de melanina resulta na tonalidade de pele clara, o que
exige que muitos veranistas se afastem dos raios solares a fim de se proteger
dos raios UVB – tipo de radiação associada ao surgimento de melanoma, o mais
grave entre os tipos de câncer de pele, devido à sua alta possibilidade de
metástase. Para prevenir a doença e evitar que muita gente fique longe do
litoral por causa do Sol, está no mercado oPhotoprot, bloqueador solar fator 100,
desenvolvido em parceria entre a UFRGS e a Biolab, indústria farmacêutica
brasileira.
A preocupação em combater esse tipo de câncer não é vã: entre os tumores malignos, os de pele estão entre os mais frequentes no Brasil e correspondem a 25% do total registrado. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer preveem 17.780 novos casos para este ano no país, que apresenta 50% da população com pele clara. Na Região Sul, esse número poderá chegar a 82%.
A preocupação em combater esse tipo de câncer não é vã: entre os tumores malignos, os de pele estão entre os mais frequentes no Brasil e correspondem a 25% do total registrado. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer preveem 17.780 novos casos para este ano no país, que apresenta 50% da população com pele clara. Na Região Sul, esse número poderá chegar a 82%.
A
elevada ocorrência da doença também se deve ao fato de que o Brasil encontra-se
em uma região de alta incidência de raios ultravioletas – o risco varia de
muito alto a intenso, conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Nessas áreas, há a necessidade da adoção de rigorosas medidas para proteger
quem se expõe ao sol.
100 vezes mais proteção – “Com o bloqueador solar fator 100, a pessoa está 100 vezes
mais protegida do que se ela estivesse sem o fotoprotetor.” A afirmação é da
professora de Farmácia da Universidade e uma das coordenadoras do projeto que
deu origem ao Photoprot, Sílvia Guterres. Estudos anteriores chegaram a afirmar
que seria dispensável aumentar o fator de proteção acima do FPS 30, pois não haveria
mais efeito sobre a pele. “Isso foi muito divulgado, de modo que o Food and
Drug Administration (FDA), órgão americano de fiscalização sanitária, limitou
os produtores de fotoprotetores a irem somente até 30”, explica Sílvia.
Entretanto, pesquisas suplementares relataram que a situação não seria
exatamente essa. Hoje está comprovado que há a necessidade de fotoprotetores
com grau de proteção bem maior do que o 30. Ela considera que existe uma
tendência ao aumento do fator de proteção, porque as pessoas buscam maior
segurança durante a exposição ao Sol em determinados períodos do dia. Vale
lembrar que o uso desse bloqueador fator 100 não exime o consumidor dos mesmos
cuidados ao expor-se à radiação solar: é recomendável que o utilize 20 minutos
antes da exposição ao Sol e o reaplique periodicamente.
As diferenciadas características de Photoprot FPS 100
devem-se à exclusiva tecnologia Nanophoton®, de nanoencapsulação de filtros
químicos orgânicos. Patenteada e 100% brasileira, esta tecnologia garante proteção
efetiva para a pele contra a radiação.
Além
disso, o produto não tem fragrância, foi desenvolvido com polímero 100%
biodegradável e é resistente à água. Sua fórmula contém os filtros solares
orgânicos Avobenzona e Octocrileno, que absorvem a radiação UVA e UVB evitando
a vermelhidão da pele e ainda protegem contra o envelhecimento prematuro.
Um nanômetro
equivale a um bilionésimo de metro e, no caso desse nanocosmético, foram
utilizadas nanopartículas de 240 nanômetros cada. O escudo de proteção do
Photoprot depende justamente dessas partículas, pois elas apresentam
propriedades químicas únicas e seu tamanho e formato contribuem para a eficácia
do produto sobre a pele. Professora de Química e uma das coordenadoras do
projeto, Adriana Pohlmann explica que, pela sua dimensão, esses dispositivos
nanométricos têm um efeito duplo. “A mesma estrutura propicia a reflexão e a
absorção de luz, o que normalmente é feito com duas substâncias diferentes nos
fotoprotetores”, ilustra.
A
maior resistência à água é uma das vantagens do produto, conforme as
pesquisadoras. Isso se deve ao efeito reservatório dos aglomerados nas camadas
superiores da pele, agindo como milhões de minúsculos adesivos que refletem e
guardam dentro de si a radiação solar danosa, impedindo-a de entrar em contato
com ao corpo humano. Além disso, a matéria-prima que compõe o Photoprot é biodegradável,
feita de óleo de buriti – fruta comum na região amazônica –, o que diferencia o
produto de outros fotoprotetores produzidos com nanotecnologia. “Não estamos
trabalhando com algo de que não sabemos qual é a segurança”, afirma Sílvia.
Nanocosméticos
com partículas biodegradáveis foram colocados no mercado pela primeira vez em
1995 por uma empresa francesa. No entanto, ao que tudo indica, esse achado não
é tão atual quanto parece: há pesquisas que atribuem aos egípcios da
antiguidade o uso da nanotecnologia num tipo de pintura em negro, utilizada
para adornar os olhos.
O
futuro dessa tecnologia promete pesados investimentos no setor de fármacos.
Estimativas da National Science Foundation, dos Estados Unidos, sugerem que, em
2015, 2 milhões de novos postos sejam criados e 1 trilhão de dólares seja
aplicado para a fabricação de produtos.
Aprovado
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao
Ministério da Saúde, o Photoprot passou por dois procedimentos de testes
ocorridos simultaneamente: durante o desenvolvimento, dentro da Universidade, e
na transposição para a escala industrial. Isso se deu por meio da contratação
de laboratórios creditados, que deram o laudo, aprovando o registro e a
comercialização do Photoprot. Além das duas pesquisadoras que coordenaram o
projeto, mais três bolsistas tiveram participação na elaboração do bloqueador
solar. De acordo com a Biolab, a exportação do produto já está prevista
para este ano.
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