sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Universidade desenvolve medicamento a partir da planta crajiru

   
                            No Nordeste, chá contra cólicas e tratamento de micoses. Para os índios da Amazônia, tinta para a pele. Em Passos de Minas (MG), banho de assento e tratamento contra picada de insetos. A sabedoria popular já utiliza a Arrabidaea chica verlot, conhecida popularmente como crajiru. Ao lado do alho, do caju e da carqueja, a planta está na relação nacional de espécies medicinais de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS), que reúne cerca de 70 itens. Em 2003, um projeto de uma empresa de cosméticos resolveu investigar o crajiru para a produção de batons. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), acabou levando a outras descobertas, como a potencialidade de se criar outro medicamento fitoterápico para cicatrização de lesões de pele e mucosa.

Ilza Maria Sousa e Mary Ann Foglio, pesquisadoras da Unicamp, mostram a planta. Foto: Antoninho Perri/Divulgação
Ilza Maria Sousa e Mary Ann Foglio, pesquisadoras da Unicamp, mostram a planta. Foto: Antoninho Perri/Divulgação


                  O novo produto não deve ser apenas mais um no mercado. Os estudos comprovam que ele tem poder cicatrizante muito eficiente e pode atender pacientes diabéticos com ulcerações e imunodeprimidos (pessoas cujo sistema imunológico está enfraquecido). “O crajiru tem baixa toxicidade e eficiência alta”, afirma Mary Ann Foglio, coordenadora do projeto e pesquisadora da Divisão de Fitoquímica do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Unicamp.


 A planta é utilizada para fins medicinais em todo o país. O novo produto promete beneficiar diabéticos com ulcerações e pacientes imunodeprimidos.

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