sábado, 16 de novembro de 2013

Nova droga traz esperança

Tratamento em desenvolvimento na Universidade do Texas foi capaz de eliminar o vírus da hepatite C em praticamente todos os pacientes de uma pesquisa clínica

Nosso planeta tem hoje mais de 150 milhões de pessoas infectadas com o vírus da hepatite C, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas os números desta doença não se limitam por aí: ela é a responsável pela morte de cerca de 350 mil pessoas por ano e contamina outras três milhões.
São dado alarmantes, mas boas notícias, enfim surgiram ultimamente. Uma pesquisa que estava sendo desenvolvida na Universidade do Texas (EUA), foi  publicada na revista científica The Lancet,mostrando resultados promissores e que  podem ser a resposta para uma cura definitiva da hepatite C.
Mas o que é a Hepatite C?
Nada mais que uma doença causada por um  vírus, esta pode ser transmitida de várias formas como, pela via transfusão sanguínea, compartilhamento de seringas ou outros artigos de higiene pessoal, como escovas de dente e alicates de unha, dentre outras.
De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite c se manifesta de forma silenciosa e nem sempre é possível detectar os seus sintomas. Alguns dos sinais que podem indicar a incidência da doença são cansaço, tontura, pele e olhos amarelados, além de febre e enjoo.
Testes clínicos
No experimento, uma série de testes foram realizados em 100 adultos contaminados, uma nova droga, que consiste na combinação dos medicamentos sofosbuvir e ledispavir, foi capaz de eliminar o vírus da doença em praticamente todos os participantes. Inclusive aqueles que já haviam tentado outros tratamentos e não obtiveram sucesso, as pessoas deste teste foram divididas em dois grupos. O primeiro era formado por 60 pacientes que nunca haviam feito nenhum tipo de tratamento e cujos fígados estavam livres de cirrose.
Já o segundo, composto por 40 pessoas, contava com participantes que já haviam passado por diferentes terapias mal sucedidas. Estes grupos foram divididos então em subgrupos, de acordo com a condição de cada pessoa, e cada um deles recebeu uma combinação de drogas.
Houve quem tivesse tomado apenas a mistura dos dois medicamentos e quem ingerisse ambos, mas combinados ainda com outra substância, a chamada ribavirin. Os testes duraram 12 semanas e os pacientes demonstraram sintomas como náuseas, anemia e dores de cabeça.
Os resultados, contudo, impressionaram. “Estas constatações sugerem que uma dose destes medicamentos, com ou sem ribaverin, tem o potencial de curar a maioria dos pacientes com hepatite C do genótipo 1, independentemente do seu histórico de tratamento ou da presença de cirrose”, informou a equipe.
Repercussão
Charles Gore, chefe do Fundo de Hepatite C, entidade britânica que busca a conscientização em relação à doença, foi um dos especialistas que vibrou com o resultado. “Estes novos antivirais são incrivelmente potentes e mostram que até os casos mais complicados podem ser tratáveis”, disse Gore em entrevista ao The Guardian.
O novo tratamento já está em análise da Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano que regula o setor farmacêutico. Em outubro, um painel de especialistas que aconselham o FDA sugeriu, de forma unânime, que a agência aprove a comercialização destas drogas experimentais. Ainda não há, contudo, nenhuma previsão de quando isso acontecerá. 
fonte: Exame

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