Melão-de-São-Caetano |
O melão-de-são-caetano (Momordica charantia Linn) é uma trepadeira pertencente à família Cucurbitaceae e possui ciclo de vida
anual. A planta é
comumente cultivada nas regiões tropicais da Índia, China, no leste africano e
nas Américas Central e do Sul. As partes mais utilizadas da planta são o fruto
e as sementes. É amplamente utilizada na medicina tradicional como um agente hipoglicemiante.
Na Turquia, popularmente, o fruto maduro é usado externamente para cura rápida
de feridas, e internamente para o tratamento de úlcera péptica. Na Índia, como hipoglicemiante,
abortiva, anti-helmíntico, contraceptivo, para tratamento de gota, reumatismo,
hemorroidas, entre outros. Vem sendo utilizada pelo mundo todo no tratamento de
diabetes, doenças virais, incluindo gripe e psoríase. Por povos de origem
asiática, os frutos imaturos são consumidos como uma hortaliça em conserva,
recheados ou fritos, além de serem ricos em ferro, cálcio, fósforo e vitaminas.
A principal atividade
biológica é a hipoglicemiante. Os principais
mecanismos de ação podem ser: diminuição da gliconeogênese hepática; aumento de
glicogenogênese; aumento da oxidação periférica de glicose em eritrócitos e adipócitos.
Também foi isolado do fruto um peptídeo com similaridades estruturais com insulina animal, chamada de insulina vegetal.
O melão-de-são-caetano ainda apresentou, em testes in vitro, efeito
analgésico dose-dependente, por meio de seu extrato metanólico das sementes,
com mecanismo de ação diferente dos analgésicos opióides, o que justificaria
seu uso popular para gota e reumatismo.
A planta diminui as taxas no sangue de colesterol e triglicerídeos, e aumenta o HDL. Uma
proteína isolada das sementes, MAP30, inibe integrase viral do HIV-1, o que
impossibilitou o vírus de integrar seu genoma ao do hospedeiro. Esta proteína também demonstrou
atividade anti-neoplásica em animais e in
vitro. Outra proteína com a
mesma atividade foi a momordina.
Os efeitos tóxicos indicados pela literatura
foram: hipoglicemia acentuada, principalmente se usada concomitantemente com
hipoglicemiantes orais; redução de fertilidade reprodutiva em ratos e cães;
aumento de gama-glutamiltransferase e fosfatase alcalina em animais, o que pode
prejudicar principalmente pacientes com problemas hepáticos; dor de cabeça. De
suas sementes ainda foi isolada uma Lectina tóxica que inibe síntese proteica
na parede intestinal. Também isoladas das sementes, duas glicoproteínas, alfa e
beta-momorcarina, mostraram ação abortiva em camundongos.
Fonte da imagem: http://img1.mlstatic.com/melo-de-so-caetano-grande-momordica-gigante_MLB-O-3001449771_082012.jpg
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